quarta-feira, abril 27, 2005
Isto anda tudo morno, isto anda tudo morno de mais... Como diria a minha colega do lado "isto está tão morno que não tarda explode..." Os jornalistas com quem vou falando dizem todos o mesmo... "suspeitamente calmo", uns mais audazes vão dizendo que não está morno mas que está a fervilhar, "anda tudo louco na dança das cadeiras, é só cordelinhos a serem puxados... mexericos e movimentos que nunca mais acabam" não nos demos foi conta disso... "ainda ninguém quer falar..." as movimentações andam ai, quem vai ser o quê e quem vai para onde. Até, pasmece, o bom e velho Rangel acha que está na altura de viver por conta do estado e não nega a hipótese de encabeçar a direcção da RTP. O estranho é que está tudo louco e o homem até diz isto numa entrevista ao Jornal de Negócios. Acho tudo isto surreal. Mas a verdade é que muita coisa anda a acontecer debaixo das nossas barbas. É só de esperar que quando acordarmos (sempre depois das autárquicas) a coisa não esteja de tal maneira virada que já não haja nada a fazer. É, em última análise o perigo das maiorias absolutas, o poder está todo de um lado e a menos que o Povo se levante ou o Presidente da República intervenha (pagava para ver...lol... quase cai da cadeira de tanto rir...)a coisa está preta meus caros. Fica o alerta e vamos ver se aquecemos um pouco ou arrefecemos de vez porque "sejam quentes ou sejam frios, os mornos Eu vomito-os..."
segunda-feira, abril 25, 2005
25 de Abril
Fonte:tmcrew.org
Foi há 30 anos que se realizaram as eleições para a Assembleia Constituinte. Apesar dos excessos decorrentes do processo revolucionário (então em curso), julgo que devemos comemorar um dos passos mais importantes para a Democracia portuguesa. No dia 25 de Abril de 1975, milhões de portugueses mostraram que queriam viver em democracia e realizaram a primeira manifestação de desagravo aos avanços comunistas, indo votar em massa. Evitou-se assim cair noutra ditadura... foi no início do "verão quente". Como Mário Soares recorda esta semana no Expresso os portugueses não quiseram "nem Allende, nem Pinochet".
domingo, abril 24, 2005
Em cheio
Fonte: web.ipn.pt
JOÃO PEREIRA COUTINHO
Expresso, Sábado, 23 de Abril de 2005
"José Saramago confrontado com a eleição de Ratzinger para a cadeia pontifical, declarou que a Inquisição regressava ao poder. É sempre bom ouvir o Nobel: ele tem o dom especial de dissipar qualquer dúvida. Que é como quem diz: se Saramago, um ateu, afirma que Roma fez a pior escolha, isso significa que Roma não fez a pior escolha"
sábado, abril 23, 2005
Dia Mundial do Livro
Fonte: tecfa.unige.ch
Gostava de aproveitar este dia para renovar o meu "protesto" contra a persistente falta de qualidade das traduções feitas por algumas editoras - da qual destaco a "Livros do Brasil" - e contra os preços praticados no nosso mercado. É difícil encontrar livros, com qualidade, abaixo de 15 ou 20 euros. Mais do que andar a subsidiar companhias de teatro que não conceguem sequer encher uma sala, julgo que era importante pensar em resolver estes dois aspectos da cultura em Portugal.
Fonte: tsf
ANTÓNIO PINTO LEITE
Expresso, Sábado, 23 de Abril de 2005
"Portugal é assim: basta não se falar dos problemas para não termos problemas"
sexta-feira, abril 22, 2005
O que é que eles querem?
Gostava de saber o que motiva a claque anti-Igreja Católica. Não desprezo as ideias dos que estão contra a Igreja e o seu novo Papa, mas há que dizer basta! Eu, por ser católico, também sou Igreja e não admito a maior parte das ofensas de que sou alvo. E não as aceito porque, pura e simplesmente, são falsas.
Se repararem são os não Católicos que mais se insurgem contra as orientações da Igreja. São eles que nos acusam de ortodoxia e intolerância que mais preconceitos usam para nos atacar. Basta de anti-papas. Deixem a Igreja em paz. O que é que afinal os move?
quinta-feira, abril 21, 2005
Luz...
Se eu conseguisse "atinar" com isto (a eloquência não vai reinar neste post), oferecia-vos uma imagem do Sol... essa bela localidade onde tudo é luz e muito calor.
Sendo assim, resta-me divagar sobre o que quer que seja que me possa ocorrer na tentativa de vos oferecer, em alternativa a esse grande astro, alguma cor para animar este belo blog.
O conclave.
Estava ontem a pensar no Conclave e lembrei-me que se calhar era uma boa alternativa ao Parlamento.
Então, em vez de termos políticos aos berros, em directo no Canal Parlamento ou nos outros canais, quando se justifica, faríamos uma espécie de Conclave.
Por exemplo, era preciso votar sobre a subida dos impostos (um tema que está sempre na berra). Entravam os nossos queridos ministros, fechavam-se as portas e o país inteiro seguia com as suas vidas.
Passsados uns belos meses, tomando uma bela bica no Yate, alguém se lembrava que tempos houve em que o país andava mal. "Ó Silva, lembras-te como andava este país há uns meses?"
Do fundo da esplanada ouvia-se: "Não fui eu que te atendi...." E a conversa por ali ficava.
E ninguém se lembrava dos nossos queridos ministros e os impostos nunca mais subiam.
Hmmm...
Agora deu-me vontade de ir ao Deck.
Sendo assim, resta-me divagar sobre o que quer que seja que me possa ocorrer na tentativa de vos oferecer, em alternativa a esse grande astro, alguma cor para animar este belo blog.
O conclave.
Estava ontem a pensar no Conclave e lembrei-me que se calhar era uma boa alternativa ao Parlamento.
Então, em vez de termos políticos aos berros, em directo no Canal Parlamento ou nos outros canais, quando se justifica, faríamos uma espécie de Conclave.
Por exemplo, era preciso votar sobre a subida dos impostos (um tema que está sempre na berra). Entravam os nossos queridos ministros, fechavam-se as portas e o país inteiro seguia com as suas vidas.
Passsados uns belos meses, tomando uma bela bica no Yate, alguém se lembrava que tempos houve em que o país andava mal. "Ó Silva, lembras-te como andava este país há uns meses?"
Do fundo da esplanada ouvia-se: "Não fui eu que te atendi...." E a conversa por ali ficava.
E ninguém se lembrava dos nossos queridos ministros e os impostos nunca mais subiam.
Hmmm...
Agora deu-me vontade de ir ao Deck.
terça-feira, abril 19, 2005
O nosso novo Santo Padre
Fonte: Rádio Renascença
Que Deus te proteja e o Espirito Santo te guie nesta difícil tarefa de ser o Pastor da Igreja.
VIVA SUA SANTIDADE BENTO XVI
JAlvim
segunda-feira, abril 18, 2005
Viva o Papa
Fonte: catholicmission.org
Queria só relembrar o nosso Papa João Paulo II no dia em que começa o conclave que elegerá o seu sucessor. Tenho saudades...
quarta-feira, abril 13, 2005
Mais tempo, este não passa...
Se o tempo fosse um pano, hoje, rasgava-o, separava-o. Não sei porquê, sei simplesmente que hoje o tempo todo está a ser tempo a mais, parece que não corre na ampulheta, deve ter havido um qualquer grão de tempo que perdeu a cabeça e resolveu entupir esse canal estreito por onde o tempo passa.
Não sei ao certo o que será, que parte do meu tempo está a encravar todo o resto de tempo que tem que passar e não consegue. Hoje, enquanto corria na passadeira do ginásio o tempo teimava em não passar, eu corria, corria e voltava a correr e nada, os segundo pareciam estáticos, não andavam, o mostrador encarnado teimava em não deixar os números andar. Depois foi no transito... o tempo voou, como não podia deixar de ser.
Sempre que dá jeito que o relógio ande mais devagar ele teima em acelerar por ali a fora, por vezes acho que anda tão depressa que se não tiver cuidado qualquer dia saio a voar pela janela do carro, tal não parece ser a rotação dos ponteiros...no fundo nem era nada mal pensado, talvez chegasse mais depressa aos sítios onde quero chegar e onde invariavelmente chego atrasado. É verdade, chego sempre atrasado, não há nada a fazer, o tempo não é meu amigo.
Hoje, talvez por ser um dia normal, sem nada de extraordinário para assinalar, o tempo resolveu implicar comigo e mostrar-me toda a sua força, a sua capacidade de levar qualquer homem ao desespero, a loucura de ter que esperar que o tempo passe, a loucura de esperar qualquer coisa aconteça... depois, quando estamos quase no limiar de perder a sanidade lá acontece qualquer coisa, o esperado torna-se presente e então lá acelera o tempo para velocidade de cruzeiro. Isto se estiver nos dias sim porque senão esqueçam o cruzeiro mais a sua velocidade e passamos logo para o a correr ( o tempo, não o cruzeiro, que esse ainda não tem pernas).
Pois é, mas nem isso se passa hoje, acho que hoje o grande problema é mesmo não saber o que esperar, não que esteja numa situação imprevisível, sem saber para que lado cai a moeda e ela teima em não cair... Não, longe disso, acho que aquilo a que hoje se passa comigo foi chamado pelo comum dos mortais de monotonia da vida.
Já em Moçambique dizia-se que as pessoas que estavam sentadas sem fazer nenhum à beira da estrada estavam à espera que algo acontecesse, é assim que me sinto hoje, estou à espera que algo aconteça mas o tempo teima em não deixar nada acontecer. É de loucos. Como é obvio, quando chega à altura em que tomo a decisão de ir de abalada e lá acontece qualquer coisa... Bolas, vou ter que arregaçar as mangas e trabalhar, agora no fim do dia é que me pedem para ligar o Turbo e dar o litro... Mais uma vez isto é de loucos e nós como sempre estamos bem e a aguentar.
Ai os imortais... os imortais.... (bolas, grande seca...)
JAlvim
Não sei ao certo o que será, que parte do meu tempo está a encravar todo o resto de tempo que tem que passar e não consegue. Hoje, enquanto corria na passadeira do ginásio o tempo teimava em não passar, eu corria, corria e voltava a correr e nada, os segundo pareciam estáticos, não andavam, o mostrador encarnado teimava em não deixar os números andar. Depois foi no transito... o tempo voou, como não podia deixar de ser.
Sempre que dá jeito que o relógio ande mais devagar ele teima em acelerar por ali a fora, por vezes acho que anda tão depressa que se não tiver cuidado qualquer dia saio a voar pela janela do carro, tal não parece ser a rotação dos ponteiros...no fundo nem era nada mal pensado, talvez chegasse mais depressa aos sítios onde quero chegar e onde invariavelmente chego atrasado. É verdade, chego sempre atrasado, não há nada a fazer, o tempo não é meu amigo.
Hoje, talvez por ser um dia normal, sem nada de extraordinário para assinalar, o tempo resolveu implicar comigo e mostrar-me toda a sua força, a sua capacidade de levar qualquer homem ao desespero, a loucura de ter que esperar que o tempo passe, a loucura de esperar qualquer coisa aconteça... depois, quando estamos quase no limiar de perder a sanidade lá acontece qualquer coisa, o esperado torna-se presente e então lá acelera o tempo para velocidade de cruzeiro. Isto se estiver nos dias sim porque senão esqueçam o cruzeiro mais a sua velocidade e passamos logo para o a correr ( o tempo, não o cruzeiro, que esse ainda não tem pernas).
Pois é, mas nem isso se passa hoje, acho que hoje o grande problema é mesmo não saber o que esperar, não que esteja numa situação imprevisível, sem saber para que lado cai a moeda e ela teima em não cair... Não, longe disso, acho que aquilo a que hoje se passa comigo foi chamado pelo comum dos mortais de monotonia da vida.
Já em Moçambique dizia-se que as pessoas que estavam sentadas sem fazer nenhum à beira da estrada estavam à espera que algo acontecesse, é assim que me sinto hoje, estou à espera que algo aconteça mas o tempo teima em não deixar nada acontecer. É de loucos. Como é obvio, quando chega à altura em que tomo a decisão de ir de abalada e lá acontece qualquer coisa... Bolas, vou ter que arregaçar as mangas e trabalhar, agora no fim do dia é que me pedem para ligar o Turbo e dar o litro... Mais uma vez isto é de loucos e nós como sempre estamos bem e a aguentar.
Ai os imortais... os imortais.... (bolas, grande seca...)
JAlvim
Tempo meu
Não sei se ainda se lembram desse tempo, o outro tempo, o tempo em que se olhava para o ano 2000 como uma meta quase incansável, quando se olhava para o ano 2000 e se dizia, nessa altura vou ter 21 anos... e não é que tinha mesmo 21 anos!!!
O assustador que era na altura pensar que quando essa data chegasse eu teria 21 anos, que velho seria então, 21 anos, “isso ainda vem tão longe, tão longe...” Mas mais assustador do que pensar no tempo que ainda faltava para chegar a essa data, como fazia então” é o facto de hoje já não conjugar o verbo TER no futuro, já agora nem no presente mas sim no pretérito perfeito. Hoje conjugo o verbo no passado. E que passado... é engraçado olhar para trás de tempos a tempos.
Não me interpretem mal, quando digo que é engraçado não o digo nem com saudade nem com nostalgia. Nada disso. Digo-o com ternura e com carinho. Com alguma condescendência é certo, uma condescendência que só se pode ter por nós próprios quando vemos o longo caminho que já temos atrás de nós, quando vemos a estrada que percorremos e as dificuldades que passámos. Um sorriso mais rasgado quando penso nas dificuldades. Dificuldades que na altura me pareciam intransponíveis, dificuldades que me pareciam impossíveis de ultrapassar e que hoje nada mais são do que o simples dia a dia, o nada de novo.
A isto se chama crescer, enfrentar os medos e os problemas e fazer deles não mais do que coisas banais. Quem é que não se lembra do primeiro dia de escola e de olhar para o longo caminho que havia então pela frente e de pensar acho que não vou ser capaz? Hoje olho para as coisas que fiz e aprendi e parecem tão fáceis... será que eram mesmo? Mas mais recentemente, no trabalho, lembro-me do que me passou pela cabeça no dia em que entrei no escritório para o meu primeiro emprego. Acho que as palavras foram mesmo “estou lixado!!!”. Ainda não tinha passado um mês já fazia tudo o que era esperado de mim com uma perna às costas e pensava como é que eu pude ter medo disto... Cresci nessa altura.
Como é que se cresce hoje? Não faço ideia, tal como no passado não planeio crescer nem aprender, não planeio superar obstáculos. Simplesmente acontece, acho que a isso se chama vida... Olhando para trás acho que já tenho alguma mas olhando para a frente acho que ainda me falta muito mais. Envelhecer é isso mesmo, na minha modesta opinião, superar barreiras e problemas, aprender constantemente, crescer até nos apercebermos da nossa pequenez, adquirir a sabedoria que nos tira do centro do mundo e nos põe no sitio certo.... Acho que é nessa altura que estamos maduros e que somos colhidos para voltar para junto do Pai.
Esta é a minha visão de crescimento, é assim que se cresce, errando, falhando, batendo com a cabeça na parede mas ao mesmo tempo aprendendo a lidar com as situações e tirando lições de tudo o que se passa connosco e à nossa volta.
JAlvim
O assustador que era na altura pensar que quando essa data chegasse eu teria 21 anos, que velho seria então, 21 anos, “isso ainda vem tão longe, tão longe...” Mas mais assustador do que pensar no tempo que ainda faltava para chegar a essa data, como fazia então” é o facto de hoje já não conjugar o verbo TER no futuro, já agora nem no presente mas sim no pretérito perfeito. Hoje conjugo o verbo no passado. E que passado... é engraçado olhar para trás de tempos a tempos.
Não me interpretem mal, quando digo que é engraçado não o digo nem com saudade nem com nostalgia. Nada disso. Digo-o com ternura e com carinho. Com alguma condescendência é certo, uma condescendência que só se pode ter por nós próprios quando vemos o longo caminho que já temos atrás de nós, quando vemos a estrada que percorremos e as dificuldades que passámos. Um sorriso mais rasgado quando penso nas dificuldades. Dificuldades que na altura me pareciam intransponíveis, dificuldades que me pareciam impossíveis de ultrapassar e que hoje nada mais são do que o simples dia a dia, o nada de novo.
A isto se chama crescer, enfrentar os medos e os problemas e fazer deles não mais do que coisas banais. Quem é que não se lembra do primeiro dia de escola e de olhar para o longo caminho que havia então pela frente e de pensar acho que não vou ser capaz? Hoje olho para as coisas que fiz e aprendi e parecem tão fáceis... será que eram mesmo? Mas mais recentemente, no trabalho, lembro-me do que me passou pela cabeça no dia em que entrei no escritório para o meu primeiro emprego. Acho que as palavras foram mesmo “estou lixado!!!”. Ainda não tinha passado um mês já fazia tudo o que era esperado de mim com uma perna às costas e pensava como é que eu pude ter medo disto... Cresci nessa altura.
Como é que se cresce hoje? Não faço ideia, tal como no passado não planeio crescer nem aprender, não planeio superar obstáculos. Simplesmente acontece, acho que a isso se chama vida... Olhando para trás acho que já tenho alguma mas olhando para a frente acho que ainda me falta muito mais. Envelhecer é isso mesmo, na minha modesta opinião, superar barreiras e problemas, aprender constantemente, crescer até nos apercebermos da nossa pequenez, adquirir a sabedoria que nos tira do centro do mundo e nos põe no sitio certo.... Acho que é nessa altura que estamos maduros e que somos colhidos para voltar para junto do Pai.
Esta é a minha visão de crescimento, é assim que se cresce, errando, falhando, batendo com a cabeça na parede mas ao mesmo tempo aprendendo a lidar com as situações e tirando lições de tudo o que se passa connosco e à nossa volta.
JAlvim