sexta-feira, setembro 15, 2006

Guerra e Paz

Há dois anos atrás vivíamos o difícil debate sobre se uma invasão - ou guerra preventiva, como quiserem - ao Iraque poderia evitar o nascimento de uma potência nuclear que poria todo o mundo em risco. O mundo ocidental dividiu-se como já não se dividia desde a II Guerra Mundial. Uns diziam que a invasão era a única saída porque havia provas claras de que o Iraque possuía armas de detruição massiva. Outros que o caminho deveria ser mais cauteloso. Que se deveria esperar. Que, não havendo certeza, se devia dar lugar a diplomacia. O resto toda a gente já sabe.
Na altura alinhei com os primeiros. Até que a razão e a evidencia me fizeram mudar de opinião. Nem todos mudaram. Nem mesmo aqueles que a tiveram mudariam caso a razão tivesse sorrido aos que defendiam a invasão. A inteligencia binária do ser humano explica a questão. São as guerras dentro da guerra. Os que gostam dos americanos e os que não gostam. E o resto também toda a gente já sabe.
Agora poe-se ao mundo outro dilema: o vizinho Irão está, alegadamente, a preparar armamento nuclear. Isto para os primeiros. Para os segundos o Irão quer dar finalmente o passo para as novas tecnologias do sec. XXI.
Esta semana vi na RTP um frente-a-frente entre Pacheco Pereira e Mário Soares e em jeito de flashback ou déjà vu (nao sei bem qual dos quais) vi o primeiro a usar os mesmissimos argumentos que teria usado para defender uma invasão do Iraque ha dois anos atrás.
Será que é so por orgulho e por dinheiro que os homens se matam uns aos outros, seja em batalhas no terreno ou em mesas de debate? Give peace a chance...

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