Calmamente cá estou de volta do velhinho Alasca. Não posso dizer que venha mais descansado porque isto de ter um jet leg (ou pena de jacto...LOLOLOL) tem muito que se lhe diga... Lá foi todo um trabalho de fazer coisa nenhuma pelo cano a baixo.
Quanto ao Alasca propriamente dito o primeiro comentário tem que ser sem duvida alguma FRIO, MUITO FRIO. Bolas que aquilo é que é frio. O resultado foi: 5 anginas de garganta (safei-me), uma gripalhada à antiga portuguesa, uns quantos espirros (éramos 11) e uma camisola (ou duas) enfiadas.
A paisagem era linda de morrer e aproveitei para ver animais em liberdade que habitualmente só se vêem em cativeiro. Vi ursos pardos, águias carecas, focas, lontras, leões marinhos, marmotas, castores, baleias, golfinhos, salmões a subir o rio para desovar (dão com cada cabeçada nas pedras que até dói só de ver!!!). Enfim, foi um fartote de vida selvagem. Só não vi sinais do bom e velho alce, que supostamente deveria ser uma espécie de praga naquelas bandas... de qualquer forma valeu bem a pena.
A verdade é que quando voltei já tinha saudades que nem podia desta terra e da minha mais que tudo. Já andava por lá, nas terras frias, a suspirar pelos cantos a contar as horas para a ver outra vez.. Já diz o ditado que quem espera sempre alcança e então lá cheguei ao meu tão querido Portugal e aos braços de quem eu tanto queria para enfim poder descansar.
Ainda não inventaram nada que se pareça sequer ao de leve com esta terra e esta boa gente. (ando um sentimental desde que cheguei....)
Valeu bem a pena a viagem. Gostei do que vi e da experiência de fazer um cruzeiro mas, tão depressa não me apanham noutro.
É verdade, quase me esquecia de contar, eu que sou um rapaz a puxar para o grande (118 kg com 1,82 m de altura) não posso deixar de referir que me senti um verdadeiro modelo junto dos americanos. É que para além de serem todos para o alto deviam ser poucos os que andavam abaixo dos 150Kg e já estou a ser muito conservador no valor. Eles são enormes, comem como se não houvesse amanhã. O pequeno almoço dos jovens é aflitivo. Nem eu consigo comer tais coisas e em tanta quantidade ao almoço. Com esse aparte, que não é assim tão pequeno visto que estava-mos num barco, foi tudo uma coisa do outro munido.
Em suma, uma viagem que valeu bem a pena mas que não penso repetir.