Jorge Sampaio, o Fraco

Fonte: laurabmartins13.blogs.sapo.pt

Em tempo de balanços há então que atribuir um cognome ao Presidente cessante... ao bom estilo monárquico (!). Julgo que o melhor que lhe assenta é, precisamente, o fraco. Sampaio foi fraco nas crises que, ao não resolver, acabou por agravar. Levou semanas a resolver questões que em qualquer empresa privada lhe teria custado, concerteza, o lugar. Não soube, ou não teve força, para pegar nas rédeas do país quando a instabilidade política pedia, em altura de transições e convulsões institucionais, liderança, chefia e iniciativa.
Foi fraco ao não identificar o monstro que se ia formando nas finanças públicas. Foi fraco ao não apoiar a sua resolução, optando por ir dizendo coisas como “há vida para além do défice”. Foi fraco na saída de Durão para Bruxelas. Foi fraco ao escolher Santana. Foi fraco ao mandá-lo embora.
Concluindo, Jorge Sampaio foi forte em tudo o resto. Como a maior parte dos portugueses: esqueceu o essencial, centrou-se no acessório.